sexta-feira, 29 de julho de 2011

Maus Hábitos

Nossos caminhos se desviaram, como cumplices fajutos, um pra cada lado.
Mas tenho a sensação de que alguma coisa não mudou...
Como a gota unica de água que não se corrompeu ao corante amarelo,
ou talvez como o fio de cabelo solitário, ainda negro, no topo da cabeça, exibindo sua resistencia ao tempo...
Coisas como sentir no interior da memória um cheiro, um hálito, uma cor...
Num sentido todavia desconhecido, qualquer canção com uma guitarra elétrica ás 09h34 da manhã me faz pensar:
- Será que ela já acordou?


Eu não sei...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Amiga

Não.

Eu realmente não estou pronta pro recomeço.
Eu sinto como se no fundo minha alma quisesse morrer de sede, que morrer afogada.

Meus sentimentos ainda estão mal resolvidos, além do mais não me sinto preparada para dizer que meu egoísmo passou, que sou mais altruísta que antes, porque na verdade...
Bem, na verdade eu não sou, não mudei tanto assim. E nem quero.

Penso que a maioria dos defeitos temperados pelo tempo e corrigidos com ele são, de fato, as melhores intenções e características que podem existir na juventude desprendida.
Por exemplo sua insegurança que ninguém mais vê, que agora se esconde embaixo dos olhos, embaixo da grossa camada de maquiagem, por entre as suas coxas...

Seus olhos que não encontram os meus naquele monte de lojas amarelas...
Sua felicidade me fez sentir melhor, bem melhor. Quanta realização nos seus passos determinados em cima de um salto qualquer enquanto cabeça erguida, corpo esguio.
Talvez seja um ponto positivo, equilíbrio, direção, tudo que você precisava e não tinha.
Não tinha nada, aliás. Muito pouco, mas até que tinha.
A maturidade cobrada dos outros e que de maneira alguma fazia parte de você...
Não entendo, porque é tão desconexo.

Eu sempre pedi o que podia dar... Você pediu demais.

Sinto muita saudade, mas eu realmente não estou pronta pro recomeço.


Meus olhos ardem, se encheriam de lágrimas e meu coração não suportaria o desprezo do meu ego e da insensatez, amiga.

sábado, 4 de junho de 2011

Cafe, cafe, cafune

Café;
Eu escreveria, hoje, qualquer coisa sobre o caos aéreo...
mas é tão latente que não posso
Não devo
Não quero
Café:
Quando o antigo se confunde com o recente, você já percebeu?!
Mas é tudo disparate...
Bobagem.
Que exposição!
- Cafuné!
Perto dos sentimentos que não, definitivamente, não passam;
Necessidade, vontade.

Fumaça azul espessa: neblina
Céu azul- pouco tempo- tempo luz
Inverno? pede, seca, anseia
- Café, café, cafuné!