quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

300 flores

http://www.youtube.com/watch?v=8SuhSZ-B-XE

300 Flowers
300 Flores

You and i
Você e eu
Said goodbye
Nos despedimos
I thought i’d die
Pensei que morreria
300 flowers
300 flores
I’ve sitting here for hours
Estou sentada há muito tempo
Can’t seem to make up my mind
Não não posso me decidir

You and i
Você e eu
Second chance
Uma segunda vez
Home town romance
Um romance de cidade natal
300 flowers
300 flores
When i gave up what was ours
Quando eu desisti do que era nosso
I met a man so kind
Conheci um homem muito gentil

Red petals tickling my feet
Pétalas vermelhas tocando meus pés
Like an oriental carpet
Como um tapete oriental
Thick and sweet
Grosso e doce


What once was dust now is grain

O que uma vez foi a poeira agora é passado
I believe i’ve found my new man
Acredito, que encontrei meu novo homem

Maybe you
Querido, você
Won’t be blue
Não fique triste
Find someone new
Encontre alguém novo
300 flowers
300 flores
I’ve been sitting here for hours
Estou sentada aqui há horas
I’ve up and changed my mind

Levantei-me e mudei de idéia
Yeh
Sim
I’ve up and changed my mind
Levantei-me e mudei de idéia

O falso fardo

Isso não pode ser épico
Essa história não consegue
Por mais que fosse poético
A solidão só me persegue

As manhas e as dúvidas
As tão claras confusões
Os carinhos como dívidas
E os beijos contorções

Se os lábios fossem mais claros
Bem mais óbvios que o pensamento
Qualquer som ou fragmento
Que curasse esse meu tormento

Se pudesse ter previsto
Decidiria por não querer
Mas foi automático
O sim não foi tão pensado
E o que era bom então ficou pesado

Eu preciso é de paz
E o que já é pesado
Não carrego mais.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Um vida Cinematográfica

Não sei muito bem porque sempre imagino minha vida como um filme.
Desde as poses feitas no espelho de manhã, onde eu despretensiosamente vejo meu rosto estampando um pôster de cinema.
As musicas que eu escuto e que vão se tornando parte desta trilha sonoro (in)existente.
E ainda existem as conversas que eu acabo escutando no ônibus e que se tornam detalhes do roteiro; há também o álcool e as drogas sempre presentes-distantes.
Não há atores no elenco e nem há direção de fotografia. Há apenas personagens magníficos, completamente instigantes físicos e intelectualmente. Há também os flash backs e ótimos cortes de cena, seguidos por erro de continuação.
Não sei se é o cansaço, se é depressão pré-parto, se são os olhos que doem ou se as veias.

Não sei muito bem porque sempre imagino minha vida como um filme.
Um filme que exibe slides de fotografias particularmente intima como créditos iniciais. Um filme parado e enjoativo. Um filme com, com um roteiro bom e uma boa fotografia; uma boa trilha sonora e também coadjuvantes que não são atores.
Há dor o tempo inteiro, e se fosse mesmo “a movie” tela do cinema ou da T.V. sangrariam, possivelmente.
Me parece com um curta, mas está se tornando um média-metragem, mas realmente não sei se chegará á ser um longa.

Eu não sei muito bem porque sempre imagino minha vida como um filme.
Acho que faz parte de um vicio, como os cigarros que eu fumo, por exemplo; ou então parte dos livros que eu li, das histórias que ouvi, dos poemas que escrevi e dos filmes que eu assisti de mãos dadas, com beijinhos por todo o rosto, com carinhos e beijos com cheiro de pipoca caramelada disfarçado de chocolate.
Não, não se parece com uma comédia romântica, não é tão digno assim. É tão cômico! É um drama, é um suspense, é policial e fala sobre viciados, alcoólatras, homossexuais, jovens, meninas, adultos, caras babacas, pessoas de bom e de mau gosto.
É um roteiro inédito, e um filme que nunca vai pro cinema, são 300 flores de um cara gentil de um seriado qualquer é um disco copiado por um garota linda.
É um filme inusitado, sem previsão de tempo de duração e com créditos finais enormes, como em Titanic, ou nos filmes do Quentin Tarantino ou do Tim Burton.

domingo, 27 de dezembro de 2009

A moça bonita das H.Q

Não posso voar.
A minha carne cede a quase que qualquer estimulo e os meus sentimentos são tão volúveis que me assustam.
Se eu tivesse um super-poder, escolheria não amar.
Não, eu não odeio o amor, eu simplesmente cansei de sofrer.
A sensação que tenho é que eu deveria suportar qualquer tipo de dor ou de mágoa mas eu realmente não consigo.
Sou fraca e quebradiça, como se feita de cristal. Não tenho nenhuma flecha envenenada, nem meu coração é a prova de balas.
Ás vezes me pergunto se as Sereias são tão más apenas por serem ou se estão amarguradas por estarem sempre sozinhas?
Eu entendo que enfrentar a solidão não é pra qualquer um.
Eu acho que nem mesmo uma Super-Moça ou a Mulher Gavião poderiam suportar tal abismo.
Me percebo só, num ninho de dor, qualquer vilão poderia ser menos cruel que esta falta imensurável.
Quando vejo na T.V. um filme onde o herói sofre de amor, me sinto como a mulher maravilha, só que morrendo afogada.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Da Vida de Ana - Parte Segunda

Ana ainda pensa que o dia não passou


“ A coisa mais extraordinária que pode acontecer a alguém é se apaixonar” – dizia o livro que Ana estava lendo na ultima sexta.
Ana era provavelmente a garota mais doce de sua cidade, além de meio sociopata, carente e ocupada. Diariamente Ana trabalhava – em dois empregos – estudava e cuidava do seu sobrinho mais novo, o que já podia ser considerado tarefa demais, considerando que a maioria das meninas de sua cidade ou trabalhavam, ou estudavam, ou por sua vez, namoravam. Ana não namorava.
A verdade é que não lhe sobrava tempo, sua cabeça estava sempre tão cheia de outras coisas que importar-se com outra pessoa poderia atrapalhar seu desenvolvimento nas outras tarefas, e que para Ana pareciam muito mais importantes do que sofrer, outra vez.
Não fazia parte do padrão mundial comum no que se diz respeito a meninas e nem parecida com outras garotas que conhecesse, embora Ana sempre quisesse conhecer outras garotas.
A vida de Ana seguia sempre o mesmo ritmo, parecia até uma canção sem graça, desgastada, enjoada. Ás vezes Ana compreendia e planejava o compasso do seu dia-a-dia, preferia que fosse assim, sempre igual, sem surpresas, pois afinal da ultima vez não foi muito legal – e olha que eu nem citei o dia em que Ana fez 15 e sua preparou uma festa tão horrível quando a roupa que ela usava naquele dia – Não era ingênua e nem tola, só cansada.
Talvez se alguém gostasse de Bidê ou Balde, café e filmes do TIM Burton tanto quanto Ana acontecesse um romance, mas a probabilidade de que isso ocorra é muito pequena, então é melhor que ela se conforme com a idéia de que nunca ninguém vai cantar Janis Joplin no seu ouvido.
Se fosse num outro dia Ana não repararia na sua nova colega de classe, mas é que naquela quinta ela não havia trabalhado, estava descansada e notou que a menina que sentara ao seu lado era nova na faculdade, vinha de uma cidade vizinha da sua e tinha os cachos mais lindos que os seus olhos já haviam visto.
Claudia, Claudinha pros mais chegados. Era ruiva, era linda.
A aproximação das duas foi tão imediata quanto obvia, afinal, ninguém parecia conhecer Ana tão bem quanto Claudinha. Os mesmo gostos, atores e filmes preferidos, a tremenda paixão pelo café, rock e poesia e o mesmo encanto pela França e o mesmo sentimento quanto aos Norte Americanos e Ana pensava: - onde ela estava esse tempo todo?
Enquanto Ana trabalhava Claudia ensaiava com a sua banda. Tocava sax com uma doçura e precisão incríveis. Quando Ana viu pela primeira vez Claudia tocando não conseguiu perceber o que brilhava mais: seus olhos, seu sax ou seus cabelos vermelhos. As luzes coloridas que vinham do fundo do bar e que refletiam as curvas do corpo de Claudinha deixava as curvas do corpo de Ana se retorcendo – só não se sabe se de medo, vontades involuntárias ou desespero.
Quando Ana parava e lembrava que suas sextas ao lado de Claudia substituía tão bem os cafés, os filmes e os rancores ela se arrepiava. Qualquer um entenderia, porque afinal em três meses ninguém fizera Ana tão feliz quanto ela estava agora.
Eu acho que as lagrimas que caiam dos olhos de Ana enquanto Claudinha justificava que, embora quisesse muito continuar ali, precisaria ir embora, eram mais de desespero que de tristeza. Claudia nunca fora de aquietar-se, e muito apesar de Ana ser excepcional, não seria ela quem terminaria com as aventuras da moça ruiva.
Ana sabia que Claudinha precisaria espalhar sua beleza em outra clientela. Mostrar seus cachos vermelhos em outros bares, dormir com moças de tão bom gosto quanto Ana, mas enquanto sua cabeça matutava e compreendia os desejos da outra, seu coração se apertava, afinal era mais uma vez que os cafés voltariam a atormentá-la no fim de semana.
Ana queria muito resolver essas coisas, mas agora não vai dar, ta tudo de ponta cabeça.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Morreu de incerteza

Se eu dizer que sou muito menos do que eu sempre quis ser espero que acredite. Na verdade, todos nós somos.
Eu já quis ser astronauta, pilota de MotoCross, cineasta, palhaça, musicista... Médica, atriz, enfermeira, bonita e já quis ser até feliz...
Mas, no mundo capitalista em que vivemos difícil mesmo é viver de sorrisos.
Queria encontrar um amor, mas corro atrás de qualquer maior custo - beneficio, escapatória do sofrimento. Não to na idade, manja?
Eu preciso de carinho, sexo é clichê demais pra mim.