sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Baby

E, então, talvez agora a dor amenizou-se
Talvez nessa hora meu anjo canta.
Mas quanto aos dias, que vão e vem?
Eu não sei...

Ainda mordo o sangue,
ainda sinto frio.
Meu ventre murcho, á espera de outrem
Porém o coração ainda cheio de amor ao que se foi.

Bebe, eu te alimentei em meu interior
sugas-te me!
O meu colo te fez repousar, em mim movimentava-se.

Bebe, eu tive medo de fazer você chorar,
mas hoje choro eu, por não ter escuto chamando em minhas insonias.

Oh, bebe, esse cheiro que imprigna na alma.
Essa cor eternizada em minha memória,
Esse doce termo 'mãe' que agora pesa em meu peito

Saudades tão doloridas, dolorosas, duídas.
Tive tão pouco tempo,
Aprendi tão milhares de coisas

Ainda choro, diariamente, pelo meu filho.
Sinto sua pele como a de um recém-nascido,
porém não posso toca-lo

Agora a dor adormece, como meu filho, como o meu filho adormeceu
Minhas entranhas doem em pensar na perda
e meus cilios se juntam, em uma prece á Deus:

Obrigada Deus, pelo tempo concedido
Obrigada Deus, por feito nosso anjinho voar
Obrigada Deus, por me fazer entender
Obrigada Deus, por todos os meus dias, me consolar.

Um comentário:

Tati Tosta disse...

Obrigada por ter me deixado participar disso tudo!