segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Num Céu com Diamantes

Maluca!
Completamente desajeitada.
Biruta!
Nunca certa, sempre errada.

Não engulo muito bem
Essa sua mutação
Persuasões que não convém
Sempre geram indigestão

Bela posse de ninguém
Esses cachos e essas cores
Sempre culpando qualquer alguém
Pela tolice das suas dores

Seu descontento intolerante,
Maldita vadia inconstante
Deliciosa opressão tão desejada!
Sutil, inteligente e mal-amada.

Um misto febril e incolor
Pequenas curvas tão notáveis
Praga minha, grande dor.
Gestos e gostos detestáveis!

Era completa e tão válida
Agora é gélida, toda pálida.
Tão comum e incrivelmente igual
Parecida com todas numa órbita sobrenatural
Agora só mais uma completa banal.