terça-feira, 10 de março de 2009

Havia Uma Fagulha (Ele Não Me Vê.)

Ainda viva como brasa velha de fogueira, dessas que fazemos ao luar.
Eu que jurava ter largado de mão isso de desejar mais que uma noite, isso de esperar ansiosamente as noticias guardadas no peito de outro alguém.
Romantismos, cuidados, querer bem, olhar por através de cegueiras.
Mas ali estava ele, em fagulhas, porém ali...
Eu mal o vi acendendo.
Depois de tanto tempo eu não consegui mais distinguir o calor afetando meu coração, me queimando devagar.
Quando enfim reconheci aquele ardor delicioso cor de laranja, como o coração acesso, eu implorei a mim a sinceridade com o sentimento e eu dormi implorando pelo seu coração junto ao meu.
Ah! Eu pedi aos céus, aos piratas para que roubassem seu amor para mim, ofereci recompensas a quem trouxesse refugiado seu coração! Clamei as estrelas, aos querubins, chorei ao cupido por sua causa, deitei debaixo da luz da lua e pedi ao seu brilho que me fizesse brilhar seu amor, roguei aos anjos e aos santos, mas foi Deus que no vento assobiou em mim uma musica.
Tentei encontrar mil modos de dizer, escrevendo cartas dedicadas a você, juro que assobiei mares nos seus tímpanos, porém não me ouvistes. Estava cego.
O que eu temia e minha alma estremecia aconteceu.
Você nem via, mas antes que eu pedisse a canção era pra ter visto nas minhas letras o pedido de amor.

Um comentário:

Tati Tosta disse...

'Tentei encontrar mil modos de dizer, escrevendo cartas dedicadas a você, juro que assobiei mares nos seus tímpanos, porém não me ouvistes. Estava cego.'

Só isso!