terça-feira, 31 de março de 2009

Sobre o Meu Fetiche de Trepar com o Vento

Ele me beija sem delicadeza alguma.
Toca minha boca, e não apenas o meu rosto, mas também todas as partes do meu corpo. Pouco a pouco alcança dimensões extremas no meu organismo.
Fazendo meus olhos fecharem enquanto despenteia meus cabelos, dança por entre minha nuca e traz arrepios deliciosos, incapazes de serem causados por outrem.
Meus poros se abrem a abraçá-lo, aconchegando suas caricias aos meus pêlos.
Eu quase abro os braços, a fim de senti-lo escorregando pela minha cintura, invadindo-me!
Desvendando-me!
Seu beijo deixa-me sem saliva alguma, cortando meus lábios como uma navalha de uma lamina bem afiada, congelando minha língua num misto de prazer e dor lancinante.
Meu pulmão respira quase ofegante enquanto minhas pernas se movem lentamente e sem exatidão alguma.
O meu corpo se estremece totalmente afetado a cada tato da brisa no meu rosto.
O vento que baila em mim me traz aromas indescritíveis e fios de gelo insuportavelmente deleitáveis.
O que sinto quanto o vento me ataca?
Tesão.

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